Novos 'arandos marcianos' intrigam investigadores
Opportunity continua activo após oito anos em Marte
2012-09-18
O veículo Opportunity, da NASA, um dos antecessores do recente Curiosity em missão a Marte, continua em acção. Recentemente, registou uma imagem da superfície do planeta que está a intrigar os investigadores. Nela, podem ver-se elementos esféricos que, a princípio, foram confundidos com as esferas ricas em ferro baptizadas como 'arandos marcianos' que o roverencontrou no sítio onde aterrou, em 2004, e noutros lugares. Estas são distintas, dizem os cientistas, e, até agora, inexplicáveis.
O rover encontrou estes elementos ao estudar o afloramento Kirkwood no segmento do Cabo York, no limite ocidental da cratera Endeavour. As esferas medem até 3 milímetros de diâmetro, parecendo crocantes por fora e suaves por dentro. As análises preliminares indicam que estas esferas não têm tanto ferro como os 'arandos'.
“Esta é uma das imagens mais extraordinárias de toda a missão”, diz Steve Squyres, da Universidade de Cornell, o investigador principal da missão. “Kirkwood está repleto de uma densa acumulação destes elementos esféricos pequenos. Quando os vimos, lembrámo-nos logo dos 'arandos', mas isto é diferente. Nunca tínhamos visto uma acumulação de esferas tão densa num penhasco rochoso de Marte”.
Os 'arandos' marcianos são solidificações formadas pela acção da água carregada de minerais dentro das rochas, evidência de que existiu um ambiente húmido em Marte. Estas solidificações aparecem quando os minerais se convertem em massas duras dentro das rochas sedimentares.
O Opportunity utilizou a câmara microscópica que tem instalada no seu braço para olhar de perto Kirkwood. Os investigadores dizem que têm pela frente um “maravilhoso puzzle geológico. Há várias hipóteses e nenhuma é favorita neste momento. Vamos levar algum tempo a resolver isto. O que há a fazer agora é manter a mente aberta deixar que as pedras falem”.
O robô Opportunity está já há oito anos e meio a investigar a superfície de Marte e continua de boa saúde, informam os investigadores.
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