Esqueletos medievais geram controvérsia
Descobertas macabras geram interesse pela história, mas também ressuscitam medos.
Arqueólogos búlgaros descobriram um esqueleto da Idade Média com sinais de ter sido submetido a uma intervenção destinada a evitar que regressasse dos mortos. O corpo foi encontrado com as mãos atadas, no subsolo de uma igreja em Veliko Tarnovo. A escavação, conduzida por Nicolai Ovcharov, descobriu igualmente uma bolsa com 30 moedas de prata, segundo Ovcharov para "pagar o transporte para o além".
A descoberta anunciada ontem junta-se a outra que está a causar alguma sensação na bulgária. Trata-se de um corpo sepultado segundo os rituais concebidos para vampiros. O esqueleto foi encontrado em Sozopol, data do século VIII ou IX e tinha cravado no peito uma estaca de ferro. O corpo do 'vampiro' foi entretanto levado para o Museu Nacional de História, sob fortes medidas de segurança e para "grande alívio" das autoridades de Sozopol, segundo explicou o arqueólogo responsável pelo achado, Bozhidar Dimitrov. Muitas pessoas têm mostrado algum alarme com o 'vampiro', mas o doutor Dimitrov ironizou nos meios de comunicação, explicando que este já foi "neutralizado há muito tempo".
As superstições sobre 'vampiros' são antigas e foram praticadas em toda a Europa, sobretudo quando havia epidemias. Estas medidas de segurança não eram vinganças pelo passado das pessoas, mas simples acasos. Por exemplo, quando os cemitérios eram mexidos, devido ao número elevado de vítimas, por vezes exumavam-se corpos bem preservados. Bastava isso para espalhar o medo de que estes mortos regressavam à vida. Por precaução, eram submetidos aos rituais macabros associados às lendas dos vampiros.
fonte: DN
www.dn.pt.com
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