quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Kadafi assassinado de novo no pós morte


Ocidente versus Kadafi: assassinato após morte

26.09.2012, 15:02
Imprimirenviar por E-mailPostar em blog
Muammar Kadhafi Líbia Kadhafi
EPA

O coronel Muammar Kadafi era sádico, perverso e pedófilo, revela a jornalista francesa Annick Cojean no seu livro publicado na semana passada. Segundo os seus dados, o líder da Grande Jamahiriya Árabe Popular da Líbia tinha um harém em que foram forçadas a viver até jovens garotas.

Será uma terrível verdade sobre o ditador da Líbia ou mais uma volta da guerra informativa do Ocidente contra países árabes?
O livro de Annick Cojean Presas no harém de Kadhafi é dedicado aos crimes sexuais do derrotado e assassinado chefe da Líbia. O “papai Muammar”, como, nas palavras da jornalista, o coronel gostava de nomear a si mesmo, é apresentado como repugnante sádico e perverso, para quem a violência era uma coisa habitual de cada dia. De acordo com o livro, no harém do ditador viviam até meninas menores sequestradas por “olheiros” de Kadhafi que ele escolhia em cerimônias solenes. Segundo Annick Cojean, os crimes asquerosos do coronel teriam sido conhecidos no processo de estudo de seu arquivo eletrônico.
Na publicação reveladora escreve-se, em particular, sobre uma tal Soraya, uma jovem de 15 anos, que entregou para Kadhafi um buquê de flores durante uma cerimônia em sua escola. O líder líbio pôs uma mão na cabeça da menina, dando a entender que gostava da jovem que deveria pertencer a ele. Em 2004, Saraya foi sequestrada por serviços secretos da Líbia.
Annick Cojean escreve também sobre uma outra vitima, Houda, que, nas suas palavras, concordou em fazer sexo com Kadhafi após ele prometer libertar o seu irmão. A jovem tinha 18 anos e, após ter passado uma noite na cama com Kadhafi, ficou presa em seu harém para mais cinco anos. Segundo Cojean, as meninas foram “educadas” por Mabrouka, mulher responsável pelo harém de Kadhafi, que desempenhava o papel de eunuco.
As pessoas que conheciam pessoalmente o coronel já reagiram à publicação escandalosa. Destacam que esta não é a primeira tentativa de denegrir a memória do defunto. Por que razão tais revelações não apareciam antes, quando o líder líbio era vivo, pergunta retoricamente Ali Bin Masud, escritor e politólogo, amigo de Kadafi:
“Para aqueles que mataram o dirigente do país não é suficiente exterminá-lo fisicamente, é necessário agora assassina-lo também moralmente. Por outras palavras, a personalidade de Muammar Kadafi, os seus lados sem dúvida fortes e qualidades morais não ordinárias são para eles não menos perigosas do que a sua existência física. Por isso, eles o mataram primeiro e agora tentam fazer com que na memória das pessoas não fique nada de bom sobre Muammar Kadafi”.
A reação ao livro é também bastante dura na própria França. Nem todos os franceses ficaram convencidos de que a operação da OTAN no ano passado contra a Líbia foi o “único salvamento” para o povo líbio. Até hoje é impossível avaliar exatamente a envergadura do acontecido e determinar verdadeiros culpados da tomada daquela decisão, disse à Voz da Rússia Thierry Meyssan, jornalista francês e presidente fundador da Rede Voltaire:
“O jornal Le Monde apoiou a intervenção militar ilegítima. A guerra na Líbia levou a vida de cerca de 160 mil pessoas. Em resultado de apenas uma operação da OTAN de ocupação de Trípoli foram mortas 40 mil pessoas. E Le Monde, que participava numa ampla campanha de desinformação, tenta agora, após o fim da guerra, justificar sua própria posição. Tanto que faltam sérios argumentos sobre a direção do país pelo coronel Kadhafi, estas pessoas andam caçando pormenores sobre a vida particular do líder líbio. Fazem-no para ofender a pessoa que não tem quaisquer possibilidades de defender seu bom nome após a morte”.
Na opinião de Meyssan, se a caraterística de “ditador” subentender assassinatos maciços, ela poderá ser aplicada à maioria de líderes ocidentais. Por exemplo, o presidente dos EUA, Barack Obama, reconhece abertamente que participa cada dia de manhã numa reunião de trabalho, em que se define o número de vítimas futuras em diferentes países na “zona de interesses americanos”. Ao mesmo tempo, enviando tropas para a Líbia, os líderes europeus davam-se conta de perdas entre a população civil em resultado de suas ações.
Nas guerras antigas, as cidades, que haviam resistido tenazmente, foram reduzidas a nada após a ocupação. Os seus territórios foram lavrados novamente para exterminar até a memória. Hoje, as guerras decorrem não apenas em terra, ar e água, mas também no espaço informativo. O Ocidente tenta hoje lavrá-lo novamente, para deixar para si apenas boas recordações.
fonte

Um comentário:

  1. Sem contar q comenta-se que num porão ele mantinha no cárcere, à espera da morte, mais de 50 mulheres nuas e sem quase alimentação. Quando morria uma delas não se retirava o cadáver e eram mulheres ligadas ou familiares de pessoas que se opunham a Kaddafi. Que interesse essa jornalista teria de esconder a verdade de que o coronel Muammar Kadafi era sádico, perverso e pedófilo?!!

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